Negócios

Comércio local: a distância que o digital aproximou

por Tiago Costa Lima | 8 Dezembro, 2020

Levar o comércio local para a internet pode ser uma ousadia. É preciso coragem, dedicação e sentido de oportunidade. A oportunidade não faltou – e há males que vêm por bem: os tempos de confinamento abriram portas para um novo paradigma do comércio local.

 

A verdade é que a proximidade, a identidade e o atendimento personalizado são a magia do comércio local – e a grande diferença entre as grandes superfícies comerciais. Mas a crise da COVID-19 foi uma wake-up call para as lojas, restaurantes ou pastelarias locais fazerem a transição do mundo offline para o mundo online.

 

A segunda vida do comércio local

 

Comprar o pão ou produtos na padaria ou mercearia local é cada vez uma preferência dos portugueses: 82% opta por abastecer a dispensa neste tipo de retalho de menor dimensão. Conveniência (49%), filas menores em comparação com os supermercados (51%) ou a ausência da necessidade de deslocações (50%) são as principais razões que justificam essa opção, de acordo com um estudo da Mastercard.

 

E, face a este cenário, os resultados deste estudo revelam ainda que 65% dos portugueses começaram a gastar mais no comércio local para ajudar as respetivas comunidades a recuperar da crise.

 

Os primeiros passos no digital

 

A pandemia chegou em silêncio, mas a passos largos. A verdade é que esta crise pandémica, além de ter obrigado os negócios a se reinventarem, tem vindo a revolucionar a forma como as pessoas vivem e se relacionam a nível global. Um dos sinais mais evidentes é o crescente e contínuo aumento do número de novos utilizadores dos canais digitais, consequência do confinamento e das restrições de deslocações.

 

E embora ainda seja cedo para retirar conclusões sobre o impacto desta crise nos negócios ou na adoção dos canais digitais em Portugal, é indiscutível que estamos a viver um cenário estruturalmente diferente para os negócios em Portugal: o crescimento no meio online deixou de ser opção e passou a ser uma necessidade. Hoje, é fulcral trabalhar a relação com os novos consumidores – também afetados pelo impacto da pandemia que obrigou à adaptação e hábitos de consumo – para oferecer a melhor experiência possível, que só o comércio local sabe dar.

 

Nesta fase de “novo normal”, os canais digitais são enormes oportunidades de contacto com os clientes. A título de exemplo, na última semana de maio, o retalho alimentar tradicional viu a sua faturação aumentar 28% em relação ao período pré-pandemia, segundo o Reduniq Insights.

 

Seja pelo atendimento personalizado e ambiente intimista cada vez mais valorizado num momento de maior distanciamento social, seja pela atitude solidária para com as dificuldades que os pequenos negócios enfrentam nesta fase, a verdade é que 82% dos portugueses (inquiridos) estão dispostos a privilegiar o critério “produção local/nacional”, nas despesas relacionadas com a alimentação, segundo um estudo da Oney Bank.

 

A era do delivery no comércio local

 

Este cenário de reestruturação dos modelos de negócio está a resultar na disrupção das cadeias de abastecimento. Esta tendência crescente – fruto das restrições da pandemia – de comprar ou consumir no comércio local abriu caminho ao serviço de delivery.

 

E todo o processo é simples! Para vender, pode optar por uma de várias estratégias: criar uma loja online para os seus produtos ou serviços, aderiar a marketplaces online, utilizar as redes sociais ou até aceitar encomendas diretamente através de mensagens ou telefonemas com o pedido.

 

O comércio local tem encontrado no delivery uma nova fonte de rendimento sem perder a sua forte identidade: o relacionamento próximo e o atendimento personalizado mantém-se no delivery.

 

O crescente aumento do e-commerce

 

E se estamos a falar de tendências que ganharam força com a pandemia, é fundamental referir o crescimento significativo do e-commerce. Este modelo de negócio que ganhou força em 2020 foi – e continua a ser – a salvação de muitos negócios.

 

Em 2020, espera-se um crescimento do comércio online entre os 40% e os 60%, de acordo com o CTT e-commerce Report. E, no que respeita ao comércio tradicional, as compras verificaram um aumento de 44% face ao período homólogo de 2019, segundo um estudo da SIBS Analytics.

 

Será possível levar o comércio local para o digital?

 

O cenário ideal será juntar as duas tendências: o comércio local e o digital. Isto implica transferir os relacionamentos próximos, a história ou a personalização do atendimento para o meio digital, sem perder a identidade do comércio local, que encontrou na pandemia uma oportunidade de se transformar.

 

No e-commerce e no digital, o comércio local encontrou uma forma de chegar a outras pessoas. Vejamos os emigrantes portugueses: ao não terem hipóteses de vir a Portugal com regularidade, o e-commerce do comércio local oferece a oportunidade – e a comodidade – de entregar produtos com história a estes potenciais clientes do comércio local.

 

Levar o comércio local para o digital

 

Não sabemos se chegou para ficar, mas uma coisa é certa: é fundamental preparar o seu negócio para esta nova realidade. É preciso encontrar soluções, fazer ajustes e procurar alternativas. E, tal como a aposta no digital é a melhor forma de enfrentar os desafios que se impuseram, o recurso a tecnologia de gestão é o braço direito do seu negócio.

 

Neste contexto de pandemia, nada melhor do que poder contar com um parceiro de negócio que lhe garante o apoio e a mobilidade de que precisa. Ter um software de faturação e gestão cloud, como o Jasmin, oferece-lhe a flexibilidade para se manter a si aos outros segurança.

 

Tire partido da mobilidade e da gestão integrada e tome decisões com base em informação fidedigna. Acompanhe, em tempo real, o estado do seu negócio. Planeie o futuro, com recurso a previsões semanais ou mensais. 

 

E se optar pelo e-commerce, o Jasmin garante-lhe a gestão totalmente integrada de todos os canais de venda.

 

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