Gestão Pessoal

Nómada digital: Quem são os profissionais dos tempos modernos?

por Diogo Ferreira | 11 Junho, 2019

Trabalhar a viajar. Trabalhar em casa, no jardim ou na praia. Em Portugal, no Japão ou em Itália. É isso que fazem os nómadas digitais.

 

Não estar preso a uma localização geográfica específica e não ter horários certos é a essência do trabalho remoto. Um paradigma que tem ganho cada vez mais adeptos. Estes nómadas digitais são, muitas vezes, trabalhadores independentes. Mas serão estes os profissionais dos tempos modernos?

 

Quem são os nómadas digitais?

 

Chegam de todos os pontos do mundo e trabalham em qualquer lugar. Têm ocupação própria e estão ávidos por conhecer novos locais. Os nómadas digitais são trabalhadores que podem fixar-se em qualquer ponto do mapa. Isto acontece por apenas necessitarem de um computador ou outro dispositivo móvel para desempenhar a sua atividade profissional.

 

Por gostarem de viajar, aproveitam o facto de poderem trabalhar à distância para conhecer sítios diferentes. E se, antigamente, os nómadas digitais eram vistos como turistas, hoje já representam uma comunidade que mobiliza a economia e que está a reformular um novo paradigma laboral.

 

Se esta realidade já estava em constante crescimento, a verdade é que a pandemia da COVID-19 veio fazer, para muitos, do teletrabalho regra. O escritório dividiu-se em milhares de casas, mas estas casas não precisam de ser um local fixo.

 

Quais os grandes benefícios de trabalhar em qualquer ponto do mapa?

 

Uma das grandes vantagens deste nomadismo profissional é a possibilidade de explorar uma cultura local diferente como semiresidente. Tendo em conta que, muitas vezes, o período de permanência a trabalhar se prolonga para lá do que seria uma curta visita de férias, muitos países até já criaram vistos para os nómadas digitais. O nomadismo digital já tinha chegado. Mas, agora, com as quebras do turismo que a pandemia provocou, é a fórmula perfeita para combater o impacto negativo no mundo laboral.

 

A maior vantagem deste estilo de vida e modo de trabalho é a flexibilidade. Aliando a mobilidade à flexibilidade, temos a receita ideal para um estilo de vida que foge à rotina tradicional.

 

No fundo, as vantagens são inúmeras:

 

  • Trabalhar onde quiser: qualquer local pode tornar-se um local de trabalho;
  • Maior independência: quer seja um freelancer ou um colaborador num regime flexível de trabalho remoto, os nómadas digitais são autónomos no seu trabalho;
  • Trabalhar a qualquer hora:o trabalho dos nómadas digitais não é avaliado pelo número de horas trabalhadas, mas sim pelo resultado final apresentado. Como tal, o próprio trabalho em si passa a ser o fator exclusivo de avaliação de desempenho;
  • Viajar a tempo inteiro:a possibilidade e capacidade de viajar a tempo inteiro é uma das maiores vantagens.

E as desvantagens?

 

Não são muitas, mas as mais relevantes são a solidão e a necessidade de conseguir um elevado nível de disciplina, rigor e responsabilidade. Sem responsabilidade profissional, os nómadas digitais não conseguem o sucesso desejado neste paradigma remoto.

 

E a nível legal e fiscal onde ficam os nómadas digitais?

 

Não existe uma lei própria para os nómadas digitais. Não sendo um turista nem um cidadão de um país (quando se trata de profissionais que escolhem outros países para trabalhar), os nómadas digitais não estão abrangidos por uma lei específica.

 

A legislação ainda não consegue responder de forma ajustada no que respeita a seguros de saúde, impostos ou mesmo vistos específicos.

 

Incentivo à economia e ao turismo

 

Para responder à atual crise pandémica – e como em todas as crises nascem novas oportunidades – , alguns países, como é o caso de Espanha, já começaram a convidar estrangeiros a trabalhar remotamente, atribuindo vistos de residência de um ano. Isso permitiu aos nómadas digitais viver legalmente a partir de outro país.

 

Também a Alemanha tem um programa de permissão destinado a freelancers e trabalhadores remotos. O mesmo acontece com a Estónia e as Bermudas.

 

E Portugal?

 

Há muito tempo que Portugal já é um destino favorito para os nómadas digitais – seja pelo clima, os preços acessíveis, as infraestruturas de qualidade, a facilidade de acesso a cuidados de saúde ou a segurança.

 

No final de 2020, a Madeira lançou um projeto inovador, o Digital Nomad Madeira. O objetivo foi atrair 700 trabalhadores remotos de todo o mundo e combater o impacto na economia nacional.

 

Mas as iniciativas legais e fiscais não se ficam por aqui. A proposta do Orçamento do Estado 2022 inclui uma medida facilitadora para os nómadas digitais em Portugal.

 

O Governo propõe alargar o Regime de Residente Não Habitual (RNH) aos nómadas digitais para atrair profissionais das áreas científica, técnica ou artística.

 

Caso a medida seja aprovada, o RNH será alargado aos nómadas digitais para incluir atividades que passarão a ser tributadas com uma taxa de IRS de 20%.

 

Trabalhe em qualquer lugar e a qualquer hora com o Jasmin

 

A receita para a vida de um nómada digital é o trabalho remoto e a tecnologia e um software de gestão são os ingredientes para a organização e controlo para que tudo corra pelo melhor.

 

O Jasmin é um software 100% cloud, desenvolvido a pensar em todo o tipo de profissionais e já preparado para a evolução do trabalho remoto. É o software de gestão ideal para os nómadas digitais, graças às suas funcionalidades pensadas à medida. Pode aceder a qualquer altura e em qualquer lugar a toda a informação do seu negócio.

 

Melhor ainda, o Jasmin é completamente gratuito para quem está a começar.

 

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