Gestão Pessoal

Salário líquido e salário bruto: qual a diferença?

por Mariana Pimentel Gomes | 18 Fevereiro, 2021

Quando se depara com um processo de recrutamento de novos colaboradores é possível que seja questionado sobre o valor da remuneração: se o salário apresentado é o salário bruto ou o salário líquido.

 

E se para o colaborador a diferença entre o salário líquido e o salário bruto faz, muitas vezes, uma grande diferença na gestão do orçamento pessoal, é fundamental que o gestor tenha em conta que existem despesas que vão além do salário líquido. 

 

Podem parecer conceitos complicados, mas, neste artigo, explicamos tudo o que deve ser considerado nas despesas com os colaboradores, desde o salário bruto, até às remunerações adicionais relacionadas com os subsídios: de alimentação, de férias e de Natal.

 

Qual a diferença entre o salário bruto e o salário líquido?

 

A diferença entre o salário bruto e líquido não é conhecida por todos, mas é importante que esteja clara, especialmente para ser possível fazer uma gestão mais rigorosa dos custos com cada colaborador. A verdade é que existe todo um universo de variantes que condicionam o montante a ser pago.

 

No recibo de vencimento, existe informação sobre os descontos a efetuar, que vão desconstruindo os diversos valores apurados até terminar no valor real que o colaborador vai realmente receber pelo trabalho prestado.

 

Salário Bruto

 

Vamos simplificar: salário bruto é o mesmo que salário ilíquido, que é vulgarmente utilizado no mundo laboral.

 

Este salário bruto é, na verdade, o salário que o trabalhador tem direito a receber ainda sem os descontos feitos e retenções na fonte em sede de IRS. Por essa razão, é mais alto que o salário líquido.

 

Esta é a melhor forma de distinguir os dois: salário bruto > salário líquido.

 

Salário líquido

 

Trata-se do salário real que recebemos no final de cada mês, após terem sido feitos os respetivos descontos para a Segurança Social e o IRS.

 

É o chamado ordenado "limpo", depois de terem sido efetuadas as obrigações contributivas que correspondem ao salário ilíquido que está calculado para um determinado funcionário.

 

Como se calcula o valor a receber?

 

Na altura de desenvolver uma proposta de contrato de trabalho, é importante ter bem presente estes dois conceitos para ser possível ter uma melhor perceção sobre os custos reais que vai ter. E para saber, efetivamente, quais estes custos, tem de saber aplicar as fórmulas de descontos que estão, atualmente, em vigor, quer para a Segurança Social, quer para a retenção na fonte no IRS.

 

Por exemplo:

 

Ordenado ilíquido: 1.000 euros

Estado civil: não casado, sem dependentes

Subsídio de refeição: 4,23€ por dia, 22 dias úteis

Tem duodécimos: Não

Cálculo: 1.000€ + 93,96 (subsídio de alimentação) - 116€ (IRS) - 110€ (Segurança Social) = 867,06€ por mês

 

Subsídio de refeição: limites de isenção

 

No cálculo do salário, existem ainda outros aspetos a ter em conta, como o subsídio de alimentação. Este subsídio pode ser pago em dinheiro (juntamente com o vencimento) ou em cartão de refeição.

 

Dinheiro: caso não exceda os 4,77 euros dia, aplica-se a isenção de retenção na fonte em IRS. 

 

Cartão refeição ou vale: o limite de isenção passa para os 7,63 euros por dia. O que for pago acima deste valor tem tributação associada.

 

A retenção na fonte: a dedução maior ao salário bruto do trabalhador

 

O valor da retenção na fonte de IRS depende de vários fatores, nomeadamente:

 

  • O valor do salário bruto
  • O estado civil: se é casado ou não e, caso seja, o cônjuge também trabalha
  • O número de dependentes do agregado familiar

A boa notícia para os colaboradores é que, para facilitar toda esta burocracia, são as entidades patronais que fazem os cálculos dos valores de retenção na fonte de IRS. Simultaneamente, também é o empregador que calcula o valor da Taxa Social Única. Estes valores serão descontados no ordenado bruto de cada trabalhador, enviando-os para as Finanças e para a Segurança Social.

 

Por essa razão, as empresas e os gestores devem apostar num sistema automático de cálculo de todas as variáveis de processamento salarial e obrigações declarativas.

 

Aposte numa gestão rigorosa das despesas

 

Conhecer exatamente quais os custos fixos que tem com pessoal, assim como as restantes despesas é fundamental para poder gerir a tesouraria da sua empresa de forma equilibrada e sustentável.

 

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